As garras da saudade. Sinto a saudade. Sim, chama-se assim a este estado de podridão moral.

Chama-se assim, saudade, ao longo momento em que parte de mim morre. Sinto-te como se estivesses aqui, a magia do teu toque, os teus olhos trespassando-me como flechas.
Mas quando penso que não estás comigo, então sinto o chão desabar por baixo dos meus pés, um vazio negro como a noite puxando-se para a solidão. Sinto-me pequeno, insignificante, quebrado.
Preciso de ti. Nunca o disse sobre ninguém com tanta verdade, mas também nunca precisei de ninguém como preciso de ti. És alimento para a minha alma, água para o meu coração, um derradeiro raio de luz no breu da minha vida.
Não te posso tocar. Não te posso ter. E também não o peço. Só quero a tua presença junto a mim, o teu corpo perto do meu.
O sentimento rói-me, essa maldita saudade que alguém se lembrou de inventar para transformar os homens em cacos de vidas quebradas.
E no entanto, não desisto nem desistirei. Um dia, o amor que sinto por ti vai escorrer por entre os meus dedos e morrerá. E com ele, irá a saudade e a ânsia de te ter.
(j.m)
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